Certamente um bom número de criadores, dos vários segmentos que compõe a FOB, ao progredirem dentro do "hobby", vão acumulando conhecimentos e começam a cultivar o desejo de virem a ser um Juiz do quadro de juízes da OBJO/FOB.
1. O que é indispensável saber:
A Conhecimentos teóricos sobre zoologia, reprodução, genética, história, julgamentos, etc.
B Conhecimentos práticos que envolvem um julgamento com relação a reconhecimento das espécies, raças, cores, características selvagens e mutantes, etc. das aves que compõem o segmento pretendido.
2. Como adquirir conhecimentos:
A Criar as espécies que compõem o segmento.
B Visitar o maior número de criadores comprovadamente experientes e de sucesso, para aprendizado e esclarecimento de dúvidas.
C Procurar se orientar com Juízes experientes a respeito de julgamentos.
D Acompanhar o maior número possível de julgamentos nos clubes e Brasileiro, mesmo que fora das mesas de julgamento.
E Buscar com Juízes e criadores experientes sugestão de literaturas para leitura, pesquisas, atualização e aperfeiçoamento.
3. Teste de conhecimento com auto avaliação:
A Conheço suficientemente as leis que regem a hereditariedade das aves que crio?
B Sou capaz de explicar a outras pessoas os fundamentos dessa hereditariedade?
C Sou capaz de explicar a criadores iniciantes os acasalamentos e justificá-los?
D Crio um número suficiente de espécies normais e mutantes do segmento pretendido que me permite sentir seguro e com conhecimento suficiente para julgar?
E Conheço bem as características originais e mutantes das aves que compõem o segmento que pretendo julgar?
F Domino bem as técnicas de observação das qualidades e defeitos das aves que pretendo julgar?
G Comparando várias aves de uma mesma classe sei distinguir entre elas qual é a melhor?
H Os acasalamentos que pratico me permitem obter progresso das linhagens que crio e conseqüente evolução do meu plantel?
I Tenho facilidade de compreensão das leituras técnicas publicadas e consigo discutir seu conteúdo?
J Tenho noções da classificação zoológica e origens das aves do segmento?
Se responder com segurança essas perguntas o candidato a Juiz tem boas chances de ser aprovado nos exames teórico e prático.
4. O que ser Juiz proporciona:
A Participar de julgamentos (regionais, nacionais e até internacionais) onde terá oportunidade de se aperfeiçoar e acumular mais conhecimentos.
B Prestar constantemente serviços à ornitologia escrevendo artigos técnicos, dando palestras, participando como diretor em clubes, OBJO, FOB, OMJ-COM.
C Receber informações privilegiadas.
D Participar das evoluções e decisões da ornitologia.
E Conceito e "status" diferenciado no meio ornitológico.
F Ao ser convidado para julgar, fazer viagens agradáveis, conhecer novas regiões, novas pessoas, fazer novas e grandes amizades.
5. O que ser Juiz exige:
A Disponibilidade de tempo para ser um Juiz realmente atuante, pois só o exercício e a prática lhe trarão experiência.
B Ausentar-se de suas atividades profissionais.
C Ficar longe às vezes por dias da convivência familiar.
D Perder o contato diário com as atividades do seu criadouro.
E Postura e conduta de um verdadeiro Juiz.
1 O candidato ao concurso de Juízes OBJO deverá ser associado na condição de criador a um clube filiado a FOB, no mínimo nos três anos anteriores a sua inscrição de acordo com o parágrafo 1º do artigo 8º do regimento OBJO.
2 A inscrição do associado ao concurso de Juízes OBJO será feita por "carta registrada" do clube filiado a FOB, endereçada a OBJO, onde deverá constar obrigatoriamente:
A) A data de admissão e o nº do associado constante da ata da reunião onde foi decidida sua admissão o que comprovará o período mínimo exigido no item 1.
B) Nome, endereço completo, telefone, fax e e-mail quando tiver.
C) Especificação das especialidades pretendidas pelo candidato.
3 A carta deverá ser encaminhada até 1º de março de cada ano e acompanhada de comprovante de depósito (20% do salário mínimo).
4 Após a inscrição para cada candidato será constituído um "dossiê" que conterá todas as informações e documentos, que será atualizado regularmente até a data do concurso, onde estará disponível para a comissão de julgamento do exame.
5 Anteriormente à prova prática, o candidato deverá, no mínimo assistir à três julgamentos feitos preferencialmente por diferentes Juízes da OBJO. O contato com os Juízes e clubes onde o candidato pretende acompanhar o julgamento deverá ser feito pelo próprio, informando sua participação na condição de candidato ao concurso para Juiz da OBJO. Para cada julgamento acompanhado, o candidato deverá elaborar um relatório completo, especificando todos os detalhes que envolvem o julgamento, e encaminhá-lo à OBJO imediatamente.
6 Os juízes que foram acompanhados pelo candidato deverão fazer constar em seu relatório de julgamento a participação e desempenho do mesmo, durante o julgamento.
Obs.: Conforme regimento da OBJO o concurso seguirá o descrito abaixo:
Art. 11. O concurso será constituído de duas provas: teórica e prática.
§ 1 . Será considerado habilitado como juiz aspirante o candidato que obtiver média superior a 70% e 90% nas provas teórica e prática, respectivamente
§ 2. A prova prática será constituída de 3 fases, a saber:
a) Identificação de cores ou raças (eliminatória), com no mínimo 30 aves, no tempo máximo total de 20 minutos;
a1) as gaiolas não devem ser manipuladas pelo candidato;
a2) a ficha não pode ser rasurada;
a3) o candidato deve escrever o nome da cor ou raça completo sem erros.
b) Julgamentos (eliminatória), composto no mínimo por 3 (três) conjuntos individuais e 1 (quarteto)
b1) No(s) dia(s) da prova prática, os candidatos não poderão circular pelos corredores onde estão expostos os pássaros ou no local da prova;
b2) Os candidatos devem aguardar a chamada na recepção do evento munidos de caneta e prancheta;
b3) As fichas de julgamento não poderão ser rasuradas.
b4) o candidato deve escrever na ficha de julgamento o nome completo da cor ou raça, sem erros.
Estágio
§ 3. O candidato aprovado nas duas primeiras fases, passará por um período de estágio de até 2 anos. Para isso a OBJO designará um Juiz Tutor que deverá ser acompanhado pelo candidato nos seus julgamentos e demais atividades. Ao final de cada ano, por ocasião do Campeonato Brasileiro, o candidato será avaliado por uma comissão designada pela OBJO da qual fará parte obrigatoriamente o Juiz Tutor. O candidato que for aprovado nessa fase será designado finalmente como Juiz Aspirante.
Art.12º. - Aos habilitados no concurso, a OBJO concederá o título de Juiz aspirante.
§ 1º. - Após completado o período mínimo de dois anos nessa categoria, tendo efetuado e acompanhado um mínimo de dois julgamentos regionais e locais por ano, e acompanhado o julgamento de um Campeonato Brasileiro, o Juiz aspirante será avaliado pela Comissão de Julgamento da OBJO constituída por ocasião do Campeonato Brasileiro do ano.
§ 2º. - Caso aprovado seu desempenho pela Comissão, o mesmo passará à categoria de Juiz efetivo da FOB - OBJO.
§ 3º. - No caso em que a Comissão julgue que o Juiz aspirante não demonstrou condições para sua efetivação, poderá ela propor prolongamento de sua permanência naquela condição por, no máximo, mais dois anos.
§ 4º. - Nenhum candidato, a qualquer título, poderá permanecer como Juiz aspirante por prazo superior a quatro anos.
Art.13º. - Os juízes aspirantes poderão atuar em campeonatos regionais ou locais, bem como atuar como auxiliar nos Campeonatos Brasileiros, restritos aos Juízes efetivos.
Obs. 2: O Juiz-aluno, candidato a aspirante, não pode atuar em campeonatos locais ou regionais, tendo que, obrigatoriamente acompanhar o seu tutor nos julgamentos, até que passe à categoria de aspirante.